quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

Mercantilismo

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Boa noite, galerinha!

Nessa postagem vamos aprender sobre o Mercantilismo, o sistema econômico que marca o Absolutismo e que caracteriza esse período de transição do Feudalismo para o Capitalismo.

1. Assista a vídeo-aula.


2. Leia os textos abaixo.

Texto 1

O mercantilismo abarcou um conjunto de práticas econômicas surgidas durante o processo de formação das monarquias nacionais. Nesse contexto, os reis foram fortemente apoiados pela burguesia na ampliação de seus domínios políticos e na estruturação de um corpo de funcionários e militares que reafirmavam o seu poder. Em contrapartida, os monarcas concediam favores e privilégios para que os burgueses ampliassem suas fronteiras econômicas.


Progressivamente, alguns reis notaram que o enriquecimento da classe burguesa implicava diretamente no fortalecimento de seu governo. Afinal de contas, quanto mais os comerciantes negociavam, maiores eram os volumes de impostos pagos e destinados para o funcionamento do Estado Nacional. Mesmo não se constituindo como uma teoria econômica formal, o mercantilismo passou a reger as ações políticas de vários monarcas interessados na proteção de sua autoridade.




Uma das primeiras noções mercantilistas que se formaram nessa época, era o chamado metalismo. Segundo esse princípio, acreditava-se que a riqueza do país poderia ser determinada pelas reservas de metais preciosos e a quantidade de moedas circulando no interior da economia nacional. Quanto maior o número de reservas, maiores eram as garantias que a economia do país passava por um bom momento. Entretanto, como seria possível cumprir essa expectativa imposta pelo metalismo?



Em alguns poucos casos, os reis europeus incentivavam a exploração dos metais preciosos em seu próprio país. Contudo, já que as reservas de ouro e prata se escasseavam na Europa, diversos monarcas colocavam a procura por metais como uma das principais metas da colonização em terras americanas. Além disso, recomendava-se que as moedas em circulação na economia do país, aumentassem cada vez mais. Daí então, surgia outro princípio do mercantilismo.



Para que as moedas do país não saíssem de sua economia, os reis deveriam tomar medidas que visassem a consolidação da chamada balança comercial favorável. De acordo com esse princípio mercantil, a quantidade de exportações do país deveria ser maior que o número de importações realizadas. Nesse sentido, era necessário que medidas de natureza protecionista impedissem que os produtos estrangeiros tivessem maior aceitação na economia nacional, o que acabava exigindo o gasto de moedas.



Mais uma vez, a colonização viria a colaborar com o estabelecimento da balança comercial favorável. Primeiramente, porque muitas colônias seriam exploradas para fornecerem produtos agrícolas e matéria prima a um custo menor. Com isso, as metrópoles teriam condições de oferecer produtos com preço competitivo no mercado europeu. Além disso, a própria população das colônias garantiria uma balança comercial favorável ao se transformar em mercado consumidor da metrópole.



Ao longo da Idade Moderna, observamos que Portugal e Espanha despontaram como grandes nações mercantilistas, ao realizarem a sua expansão marítimo-comercial antes que as demais nações europeias. Contudo, países como França e Inglaterra, mesmo conquistando suas colônias tardiamente, se mostraram mais hábeis no fortalecimento de suas atividades econômicas.


Referências
http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/historiageral/mercantilismo.htm

Texto 02

Intervenção estatal

A intervenção econômica governamental visava fortalecer e regulamentar a estrutura financeira do reino, possibilitando assim a constituição de exércitos e marinhas. Embora, em última análise, isso beneficiasse principalmente a dinastia real, que poderia fortalecer seu poder ao sair vitoriosa de conflitos, a burguesia também tinha grandes benefícios – o que fazia este grupo aceitar a situação.

Metalismo

Já o metalismo consistia em manter um equilíbrio favorável ao reino entre a saída e a entrada de metais preciosos. Uma vez que se acreditava no período que a riqueza de um país media-se pela quantidade destes dentro de suas fronteiras, era preciso manter uma balança comercial positiva; para isto, era utilizado o protecionismo. Por meio de altas taxas alfandegárias, a mercadoria estrangeira acabava se tornando tão cara que era mais vantajoso adquirir um produto nacional.

Colonialismo

Por último, havia a fundamental necessidade de manter colônias – ou seja, explorar e dominar novas terras além da Europa. Embora o colonialismo tivesse se iniciado propriamente falando no final do século XV, com a descoberta das Américas pelo navegador genovês Cristovão Colombo (1451 – 1506) e, depois, pelo fidalgo português Pedro Álvares Cabral (c. 1467 – c. 1520), ele apenas se tornaria uma política nacional dos reinos europeus no século XVII. A função das colônias era fornecer valiosos produtos para suas metrópoles, que seriam depois vendidas no mercado europeu. Por outro lado, as próprias colônias eram obrigadas a comprar as manufaturas da metrópole por preços elevados. Isso se dava devido ao fato que não existia concorrência graças ao monopólio estabelecido. Desta forma, o lucro ficava não com os produtores coloniais, mas sim com os comerciantes burgueses oriundos da metrópole.
No século seguinte, o mercantilismo já começaria a ser criticado pela teoria política do liberalismo, embora só fosse ficar realmente obsoleto como prática econômica no século seguinte. Segundo o filósofo e economista britânico Adam Smith (1723 – 90), a identificação entre a quantidade dos metais preciosos dentro do território e riqueza era simplesmente falsa. Na verdade, as altas taxas alfandegárias pensadas para manter a balança comercial positiva não trazia mais dinheiro para o reino; de fato, apesar de toda a opulência do reinado de décadas do Rei Sol, a França estaria mais pobre quando Colbert faleceu. Segundo a linha econômica liberal, a atividade comercial deveria ser livre independentemente do território, uma vez que a riqueza não era equivalente ao acúmulo das reservas monetárias, mas sim relacionada com a produção de bens – que se beneficiaria da livre circulação econômica abominada pelo mercantilismo.

Bibliografia:
LIMA, Lizânias de Souza; PEDRO, Antonio. “Das monarquias nacionais ao absolutismo”. In: História da civilização ocidental. São Paulo: FTD, 2005. pp. 142-147.


3. Atividade de verificação

01 - Conceitue mercantilismo.
02 - Caracterize cada um dos princípios mercantilistas que são citados na vídeo-aula e nos textos.
03 - Relacione o Mercantilismo com o Absolutismo.


Pronto!

Ah, na segunda vamos ter uma avaliação de verificação. Prepare-se, será sem consulta ao material.

Os módulos dos alunos que entregaram serão devolvidos na segunda.



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